Homeopatia e Vitalismo
- Dr. João Herck
- 14 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de jul. de 2020
Inicialmente, na doença, há um desequílibrio da energia vital, muitas vezes imperceptível do ponto de vista orgânico, ou de mudanças anatômicas. Por vezes a pessoa sente inicialmente sintomas subjetivos de mal-estar e alguns sintomas localizados, sem que haja mudanças estruturais. Passado um tempo os sintomas tornam-se mais objetivos, e com mudanças da fisiologia e aspectos físicos observáveis.
Na Homeopatia é função do médico observar o modo das mudanças na pessoa, as inter-relações entre os sintomas, e a totalidade do quadro clínico. É buscada peculiaridades individuais nas modificações de vontades, sentimentos e formas de ação, que no individuo doente impedem sua liberdade para atingir “os mais altos fins de sua existência”.
É proposto um caminho de tratamento no qual a pessoa pode ter uma liberdade de reagir num sentido de cura, de um equilíbrio possível dentro de sua constituição e limitações.
Quando doente, as vontades do indivíduo são desequilibradas. O alcoolista deseja álcool, mesmo com hepatite; o diabético quer açúcar. Os sentimentos são confusos, a ação no mundo contaminada.
O tratamento vitalista vê este conjunto. Reagindo diferente, mudamos o olhar, os “óculos” que usamos para enxergar a realidade. A mudança de visão propicia mudança de desejos, que podem ser mais equilibrados e coerentes com as necessidades da pessoa e do mundo. Isso gera uma retroalimentação positiva; sentimentos mais sadios, vontades mais sadias. A ação muda. O resultado muda.
As inter-relações internas do organismo não são separadas das inter-relações do indivíduo com o mundo. Cuidando do “terreno”, reagimos diferente às potenciais agressões externas, que podem ser vírus, bactérias, lactose, ácaros, perdas, contrariedades... O mundo interno e o mundo externo são inseparáveis.
A Homeopatia olha para o mundo interno do ser. O sofrimento é tratado de dentro para fora.
Comments